Algumas coisas
apreendem-se melhor na primeira pessoa. Passo a explicar: quando lia Américo
Peças[1], deparei-me com a frase “Aprendemos mais quando ensinamos”, que atribui a
Bruner – para mim, esta é mais uma evidência há muito constatada. Era ainda adolescente
quando comecei a dar apoio aos mais novos[2],
e, se queria ajudá-los a aprender as coisas, tinha de as saber; então, estudava-as primeiro! - depois, já com
algum conhecimento sobre os assuntos, podia planear atividades, passar informações,
e de forma percetível para os que precisavam de aprender… - rapidamente
verifiquei que aprendia muito mais assim! (O que era apenas um complemento à imensa
satisfação de ajudar os outros a atingirem o seu melhor!) Quando
temos já o pensamento estruturado sobre um qualquer conhecimento, fluem muito
mais facilmente as informações em contexto de partilha de saber (sempre
multidirecional, ainda que a “instrução”, unidirecionalidade momentânea, “discurso
expositivo”, dêem um ar de sua graça…).
Se
alguns colegas de curso me disseram “não consigo adaptar-me a este método de
estudo”, eu contraponho com “sempre foi assim que achei certo estudar”; e
insisto (correndo o risco de ver a incompreensão transformar-se em algo menos
agradável, por vezes) na importância de se conhecer o método associado às
plataformas moodle! Se, em tempos, não tínhamos estes meios tecnológicos, na
atualidade é criminoso não os aproveitarmos![3] Podemos
conjugar a partilha (com o consequente engrandecer de conhecimento de todo um
grupo alargado) com as facilidades que os meios nos proporcionam; e, se entre
nós alguns têm menos facilidade com as tecnologias ou com as buscas de
informação, cá está o resto do bando para ajudar…
Peço
aos que têm dúvidas sobre e-learning e moodle que as esclareçam; quem sabe se,
depois disso, não descobrem que é mesmo isto o ideal para vós? – Só sabendo o
que se espera de nós neste método, e aquilo que podemos esperar dele,
chegaremos a bom porto! [Um parêntesis para o que nós esperaríamos dele: poderá não ser tudo
correto, também os docentes poderão estar enganados nas suas opções
profissionais… permitamos-lhes serem pessoas! Mas, se soubermos -nós- agir
devidamente, já é um passo para que tudo resulte melhor… e podemos colaborar
com eles, para os ajudar a melhorar o seu desempenho.]
[1] O artigo da Escola Moderna, n.º 6, que nos foi dado
como bibliografia obrigatória em Psicopedagogia de Grupos.
[2] Abençoado
Baden-Powell!
[3]
Até posso dizer que se devem lembrar que Castells disse isso… mas, eu já
pensava assim… (Isto é o meu trauma-Backström
a falar, pois detesto ter de justificar o que penso, e sempre pensei, com
citações que o corroborem, quando, de todo, a exposição da ideia não
necessitava de tal coisa! – é que não penso assim por causa desses “autores”,
simplesmente penso!)
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