segunda-feira, 21 de outubro de 2013

A Educação tem que ser mesmo Inclusiva?

Não podia deixar de partilhar este artigo de opinião do Prof. David Rodrigues.*
Também eu penso que uma sociedade é constituída por todos nós, que todos somos diferentes e que não faz sentido fechar alguém em guettos...
Nós, estudantes da Licenciatura em Educação, não podemos deixar de nos debruçar sobre a Educação Inclusiva. Podem ler tudo no Público de 9 de outubro




* Cheguei a ele através dos (d)Eficientes indignados.


sábado, 19 de outubro de 2013

O conceito de Alma: do antigo Egipto ao mundo de Matrix

a neurologia, a física, a inteligência artificial, a matemática e lógica terão algo a sugerir acerca da existência ou não de uma alma?

No próximo dia 9 de novembro vai ter lugar um colóquio no Palácio Ceia (10h - 17h30, salão nobre).  
Como ponto de partida, este colóquio propõe um debate sobre aspetos da espiritualidade através de diversas abordagens complementares. Numa perspetiva intercultural e transdisciplinar pretende-se analisar vários conceitos e representações de alma desde o antigo Egipto ao Mundo de Matrix.
Podem consultar o programa e efetuar a inscrição (é necessário anexar cópia de BI/CC), caso queiram estar presentes - embora gratuito, é necessária inscrição.



Palácio Ceia: sede da UAb - Lisboa, ao Largo do Rato

cento e vinte seis


Cento e vinte e seis créditos depois,
relembro a minha decisão de voltar, finalmente, a estudar…

Foi num dia triste, afinal, que decidi recomeçar o que nunca quis parar. Triste, porque saí de uma reunião de trabalho que reforçou a desconexão desse emprego que me suga(va) toda a energia, roubando família, saúde, hipóteses de sorrisos – sem que toda a minha capacidade produtiva fosse aproveitada, por falta de organização, como em tantos empregos – e, a meio do caminho de volta a casa, dei a volta, literalmente, e segui para outra rua. Inscrevi-me na hipótese possível de completar o 12.º ano – com o tempo e os meios que tinha. Não foi fácil! Foi trabalho duro. Até hoje mantenho a consciência de que só foi possível porque não revelei esse projeto a ninguém e, assim, pude escapar ao acréscimo de problemas com que depois me presentearam.

Logo depois, tomei a feliz decisão (estavam encerradas as candidaturas para licenciaturas e eu não percebia nada de 2.ªs épocas de acesso…) de me  inscrever no CQES. De seguida, iniciei a Licenciatura em Educação.

A Licenciatura foi uma surpresa… Se era exatamente o que eu queria fazer/estudar, revelou-se muito mais do que eu sabia haver.
·    As matérias são pertinentes, interessantes, e as abordagens vão muito além do que eu pensava.
·    O ensino online permite aquela personalização que pode satisfazer cada um.
·   E as notas, essas, não são mesmo o mais importante, pois, nessa adaptação à nossa realidade e ao nosso interesse, podemos até nem valorizar o mesmo que os docentes.

É verdade que, para além das exigências de estudo das matérias, de produção de trabalhos, o maior peso que senti foi o d’a última palavra dos Lusíadas(**) Sim, parece impossível, desumano, contranatura, mas, para além do inserir de mais tarefas no nosso dia, quase sempre já tão preenchido, uma ocorrência – que vejo estendida a muitos colegas, nos locais de trabalho – é o surgir de exigências novas, bocas da reação e piadas jocosas e depreciativas da nossa vida académica!

Há, por um lado, a ignorância sobre o ensino online e, por outro, essa terrível mania de que “vais estudar para subires na carreira” para passares à frente dos outros… - Muitas vezes, ao invés de analisarmos a formação dos cidadãos como uma mais-valia, são aqueles que decidem/chefiam, e deveriam ser mais bem formados, que criam dificuldades deliberadas, ainda que tiremos o mínimo de dias, para provas.

Mas, ainda que não haja semestres descansados – e surjam sempre imprevistos que nos desestabilizam o estudo aprendida a primeira lição, tudo se faz. E qual é essa lição? – As coisas podem não correr como ambicionávamos, as notas podem ser mais baixas, podemos ter de repetir UC por ser impossível realizar provas por impedimentos pessoais ou profissionais; mas, sejam quais forem os ajustes que tenhamos de fazer ao longo do percurso, a meta está lá, e vamos alcançá-la!

E o colaborativismo é o nosso trunfo! Vivemos num tempo de multiplicidade de meios, que nos dão caminhos e aprendizagens diferentes, e as muitas perspetivas dos que connosco estudam engrandecem o percurso de todos!

E é mesmo aí que podemos fazer a diferença, como estudantes e como pessoas – podemos deixar hábitos incorretos tão estupidamente repetidos e, ao invés de perdermos tempo e energia a invejar, depreciar, prejudicar o próximo – podemos apostar na melhor formação e melhor desempenho (também) dos colegas da licenciatura e fazer todo o possível por estender essa prática a todos os espaços em que nos movemos.

Parece estúpido?

Não, estúpido é perpetuar comportamentos que tornam o nosso país mais pobre, menos sábio e fazem, até, regredir a humanidade!

Quando iniciei este texto, não pretendia fazer um discurso pró-Humanidade, mas, apenas, tentar dizer aos colegas que esta nossa parte-de-vida é possível! Que podemos estudar, porque o direito à educação é universal e não se restringe a uma educação inicial – mantém-se durante toda a vida!

Aprender é viver, e só merece a pena viver se aprendermos sempre!



**ps: a todos os que, deliberadamente, tentaram e tentam dinamitar o meu percurso académico, desejo que consigam, um dia, ser humanos, viver para o progresso e não consumidos por essa corrosiva inveja de quem tem uma vida tão mísera que só gasta o seu tempo a lixar o próximo… por esse medo de que alguém seja melhor que vós e vos destrone - como se todos tivessem, atrás dos olhos, o que vocês veem pela manhã no espelho…
Sabem… Eu sempre me senti feliz a ensinar tudo o que sei, a ajudar todos os que posso a serem melhores pessoas, a contribuir para o progresso da humanidade (que somos todos nós).